Em breve, funcionários e munícipes poderão ver dois grandes canteiros, com uma área total de 150 metros quadrados, «enfeitados» com cebolas, alfaces, couves, tomates e pimentos, em vez das tradicionais plantas de jardim.
«Este espaço não estava aproveitado e, com este projecto, conseguimos dar-lhe uma utilização», disse à agência Lusa Gonçalo Amaral, vereador responsável pelo pelouro das zonas verdes.
O autarca adiantou que «o objectivo [da autarquia] não é produzir produtos hortícolas para a sua sustentabilidade», mas antes «dar o exemplo» à sociedade.
«Pretendemos sensibilizar as pessoas para a possibilidade de terem uma horta em casa, verificando a existência desta num espaço improvável«, declarou, lembrando que o canteiro se situa no segundo andar do edifício dos Paços do Concelho, na cobertura da sala da Assembleia Municipal.
Em 2011, esta pequena horta produziu cerca de 150 quilos de produtos alimentares (tomates, pimentos, alfaces, couves de repolho, courgettes e cebolas) que foram consumidos no refeitório municipal, juntamente com outros provenientes da Quinta da Maúnça - Espaço Educativo e Florestal, onde a autarquia também possui hortas urbanas e sociais.
Na pequena horta e na Quinta da Maúnça, a autarquia colheu «quase sete toneladas» de géneros, o equivalente a uma poupança de cerca de «cinco mil euros», adiantou Gonçalo Amaral.
No jardim do segundo piso do edifício camarário, dois funcionários da autarquia lançaram hoje à terra dezenas de batatas, alfaces, cebolas, acelgas e alho francês, entre outras espécies.
«A experiência feita no ano passado resultou e este ano repetimos», disse Ismael Pereira.
Adiantou que foram plantadas também algumas flores «que dão colorido» ao espaço e protegem as plantas [para consumo humano] de algumas pragas.
«A vegetação da horta, pelo seu desenvolvimento rápido e de temporada, convida a gozar diferentes etapas de maturação e desenvolvimento, recriando um jardim com volumetria, cromatismo e textura», assegurou.
Lusa/SOL