terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Um motor de busca Google para robôs

Uma equipa do Departamento de Ciências Informáticas da Universidade de Stanford (EUA) resolveu antecipar-se a um futuro que diz próximo. E decidiu-se a criar um motor de busca para robôs, um autêntico Google com instruções para determinadas tarefas.

Quando os robôs caseiros forem uma vulgaridade, andem sobre pernas ou rodas, vão precisar de aprender tarefas simples que não foram, necessariamente pré-programadas. Se lhes dermos a ordem ‘traz-me uma chávena de chá’, por exemplo, os circuitos poderão entrar em conflito se essa função não vier ‘de fábrica’ com eles. O grupo chamou ao projecto RoboBrain e a tarefa, sublinha-se é muito mais complexa do que no caso humano.

Ao contrário de nós, cujo cérebro é capaz de decifrar e associar informação em pouquíssimos segundos, assimilando-a e transformando-a numa determinada acção, para os robôs um Google feito à imagem do que nos serve é de uma perfeita inutilidade. No caso das máquinas, a resposta a um pedido deve conter uma série de instruções o mais detalhada possível. Para decifrarem um pedido como ‘traz-me uma chávena de chá’, por exemplo, os robôs poderiam recorrer ao RoboBrain, que lhes daria toda uma série de dados num sistema online de reconhecimento de palavras, que estaria associado, por sua vez, a um outro sistema, de interpretação das palavras-chave na frase e de associação destas a imagens.

Mas a complicação não fica por aqui. Depois de decifrar as palavras ‘trazer’, ‘chávena de chá’, ‘chá’, etc., o RoboBrain terá de situar a máquina em relação aos lugares da casa onde estão os objectos e ao modo de preparação relacionados com a tarefa. Até agora, a equipa de Stanford conseguiu instruir um robô para transportar uma caixa de ovos sem os partir. A canseira ainda agora começou…

ricardo.nabais@sol.pt

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